CEO Internacional da PrimeIT participa no Fórum de Parceiros do IT Channel

CEO Internacional da PrimeIT participa no Fórum de Parceiros do IT Channel

Julho 15, 2021

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O IT Channel promoveu um debate para analisar o estado actual do mercado de IT em Portugal e o impacto do Plano de Recuperação Europeu, e convidou o CEO Internacional da PrimeIT, Gonçalo Mousinho, a dar o seu contributo. Nesta mesa-redonda, realizada em formato de videoconferência, foram tidas em conta todas as mudanças de paradigma pós-pandemia, o impacto que a Covid-19 provocou nos modelos de negócio e a perspectiva do que o futuro reserva para as empresas.

Uma das grandes marcas destes últimos tempos foi a rápida aceleração dos processos de transformação digital das empresas e, é da opinião comum entre os participantes que, as organizações que não apostarem na digitalização terão mais dificuldades em ultrapassar a crise actual. Quando questionado sobre este tema, Gonçalo Mousinho responde que “tendo em conta o universo dos nossos Parceiros e clientes, e da nossa própria experiência, acredito que, neste momento, o mercado está em expansão e no que diz respeito ao mercado de serviços, este ano está a ser muito positivo, tanto em Portugal, como lá fora. Vai ser tudo cada vez mais digital, cada vez mais remoto, mais acessível por plataformas digitais e quem não está preparado vai ficar pelo caminho. Portanto, não há assim tantas hipóteses para esta transformação, que está cada vez mais evidente”. Numa análise sobre 2021, o CEO afirma que “este ano está a desbloquear muitos projectos e as empresas já perceberam que ou investem ou ficam para trás. Para nós, tendo em conta que prestamos serviços de consultoria especializada, tem sido um ano muito positivo”.

Durante a sessão foi anunciado que o Channel Survey 2021 revelou uma grande diferença de perspectivas de crescimento a médio prazo entre parceiros de maior dimensão e pequenos parceiros. Colocando em causa se estamos num ambiente de negócios onde a escala é determinante para o sucesso, Gonçalo Mousinho assume que a questão da dimensão não é de todo dominante, “porque o sucesso é muito relativo e já vi grandes empresas a terem muito sucesso a curto prazo, enquanto a longo prazo falharam redondamente. É muito interessante ver como é que start-ups, com muitas vezes meia dúzia de pessoas, conseguem quase questionar modelos de negócio com milhares de colaboradores. Mais importante do que a dimensão da empresa, é quem a gere e o que quer fazer do seu modelo de negócio. Muitas vezes, as start-ups, e empresas mais pequenas, acabam por entrar no mercado para desafiar. A curto prazo, as empresas que têm uma maior dimensão acabam por ter mais meios, sejam meios humanos ou meios financeiros e por isso, ficam mais optimistas. Há muitas empresas pequenas que se converteram e, neste ano de pandemia, encontraram um nicho muito mais eficaz e uma forma de comunicar melhor com o seu público-alvo, acabando assim por crescer”. Para o CEO, há ainda outro factor que deu um grande impulso a quem presta serviços de consultoria, que foi a abertura do leque geográfico do talento, porque “se antigamente era um requisito que a pessoa tivesse de trabalhar no escritório, actualmente, esses critérios estão a deixar de existir, havendo assim uma maior flexibilidade. Para uma empresa como a PrimeIT é interessante podermos compor e criar equipas que estão em Portugal, no Brasil, na Polónia e em Espanha, fazendo este mundo todo co-existir em prol de um cliente nacional. Há alguns meses acharia que este tipo de configuração não faria assim tanto sentido”.

Mas não só de mudanças internas se têm feito os últimos tempos, a própria relação dos parceiros com a indústria tem sofrido alterações devido aos novos modelos de negócios e os ecossistemas têm vindo a substituir os programas tradicionais.  Na visão de Gonçalo Mousinho, “a nossa relação com os vendors, mais a nível de hardware, manteve-se bastante estável. A única alteração que houve foi o facto de comprarmos mais equipamentos porque estamos a crescer. Do ponto de vista dos serviços, noto que a relação que temos hoje em dia com os nossos Parceiros é cada vez mais próxima e alinhada com aquilo que eles procuram”. Para o CEO, o mercado está a evoluir e o objectivo da PrimeIT é melhorar todos os dias e procurar diversificar a oferta, até porque “actualmente, já temos também soluções cada vez mais adaptadas, com modelos de Delivery e Nearshore, a parte de projectos fechados e modelos sobre várias tecnologias. É isso que acaba por fazer com que a nossa relação com a indústria esteja cada vez mais forte e alinhada. Acredito que as consultoras também têm de evoluir e, portanto, não podemos achar que o nosso modelo de negócios que começámos há 14 ou 15 anos, pode ser o mesmo actualmente. Esta perspectiva, é reconhecida pelos nossos Parceiros e é isso que faz com que continuemos a crescer em plena pandemia”. A concorrência e os principais desafios da entrada de grandes consultoras no mercado do IT também foi tema de destaque desta sessão. A necessidade de ultrapassar os desafios da presença de grandes consultoras internacionais, mundialmente conhecidas, deve ser essencial para as empresas se desafiarem. “Eu vejo a minha concorrência sempre com bons olhos porque acredito que quando nós temos concorrentes que querem ser melhores do que nós e muitos deles, especialmente empresas internacionais, já mundialmente conhecidas, são melhores que nós em muitos pontos, faz-nos querer superá-las”, refere Gonçalo, que de seguida explica que vê a entrada dessas empresas e de grandes consultoras de forma positiva por dois motivos: “primeiro, porque nos ajudam a melhorar e a ver como é que podemos ser cada vez mais fortes e, por outro lado, muitas vezes essas empresas trazem projectos de grande dimensão para Portugal. A parte curiosa é que há clientes dessas consultoras que chegam a Portugal porque somos um destino cada vez mais atractivo, por exemplo, pelo Nearshore. Apesar de serem empresas mundialmente muito fortes, é normal que, no decorrer do processo, apareçam empresas como a PrimeIT e comecem a trabalhar para os clientes dessas mesmas consultoras. Em Portugal ainda causa confusão a muita gente sentaram-se à mesa de empresas da mesma linha de negócio com o objectivo de melhorar a oferta em Portugal”.

Para dar o impulso necessário ao país na questão da transição digital das empresas é importante referir o Plano de Recuperação e Resiliência, que se trata de uma verba de perto de três mil milhões de euros destinados à digitalização, tanto do sector empresarial, como do próprio Estado para o sector público. É importante perceber o verdadeiro impacto do Plano de Recuperação Europeu (PRE) na transição energética e digitalização das sociedades e, a PrimeIT, está a apostar fortemente no sector desde o início do ano. “Nós fizemos um investimento interno específico, não para a “bazuca” em si, mas para o sector público porque a verdade é que nós acabamos por dedicar a maior parte dos anos da PrimeIT ao sector privado”, e o responsável internacional acrescenta que “contratámos pessoas experientes na área do sector público para a elaboração de propostas e para a criação de cadernos de encargos, porque vai haver um grande investimento e é necessário cada vez mais empresas a ajudar, quer seja o Estado ou organismos públicos. Já não há dúvidas nenhumas que vai haver dinheiro. A grande questão prende-se com a gestão (bem feita) desse dinheiro. Como estamos muito habituados ao sector privado e trabalhamos com empresas muito exigentes, acabamos por ter critérios de qualidade muito altos. Todo este processo se faz de forma gradual”. Mais do que trabalhar com uma equipa com muitos anos de experiência, para tirarem o melhor partido deste investimento, na PrimeIT estamos “sempre conscientes que no final do dia o nosso objectivo é ver uma entidade pública a tentar cumprir os prazos e os budgets. Acredito que todos temos o dever cívico e moral de dar um bom uso a estes fundos”.

Para o futuro, e já com 2022 na mira, as empresas estão conscientes que ainda há muitos desafios para serem superados, devido ao contexto pandémico, mas estão também confiantes que o PRE será determinante e bem-sucedido. Para Gonçalo Mousinho, o próximo ano será ainda de muitas incertezas e a adaptabilidade é essencial porque “é cada vez mais importante usarmos tudo o que nós temos à nossa volta para criar valor acrescentado ao cliente. É preciso olhar para o nosso modelo de negócio tradicional e encontrar a inovação dentro daquilo que nós fazemos. Temos a capacidade de juntar a equipa onde ela estiver, garantir um serviço de qualidade e fazer com que tudo funcione”. O CEO defende que este vai ser, cada vez mais, um critério de sucesso para as empresas e assume que “é nisso que nós estamos a trabalhar: ser cada vez mais adaptáveis para depois promovermos um crescimento inerente”.

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